domingo, 31 de janeiro de 2010

Culto do Fogo


Culto do Fogo



Antigamente em Roma, nos templos da deusa Vesta, havia Vestais (Sacerdotisas) para muitas coisas - mas, a principal, era a Vestal ou as Vestais que tinham por incumbencia,
zelar pelo Fogo Sagrado.
Se, por acaso o Fogo Sagrado apagasse, castigo terrivel seria dado à Vestal zeladora - talvez, até a morte... porque... o Fogo Sagrado representava o Deus dos Deuses.
Tudo o mais era secundario naquele Templo - menos o zelo pelo Fogo Sagrado.
O Fogo Sagrado, não era um Objeto de Ritual; Ele existia, para que a Sacerdotisa, fosse aos poucos, se incorporando à Ele.
Quando a Vestal, na sua pureza de virgem, de intocada, sentisse que transportava o Fogo
Sagrado em si, era quase como deslizasse, ao invés de andar com as pernas.
As Vestais, na idade acima dos trinta anos, saindo do Templo, poderiam levar uma vida normal, casando-se, constituindo familia.
Mas, acho que a Vestal que desejasse fazer "Votos" com relação ao Culto Interno do Fogo Sagrado, aquela que sentisse mesmo que uma Vida de Luz havia nascido dentro dela, esta sacerdotisa despertaria em si a Ambição da Luz, no desejo de desvendar o
estado em que estaria a medida que subisse os degraus da Escada Cósmica no Templo do Universo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

O Ego de presente ao amante

O Ego de presente ao amante


Clara,
em Estoril,
dedilhava seu instrumento de cordas.
Em sua mente,
via uma mulher absolutamente só,
numa estradinha deserta,
onde a poeira implicava com ela...
Ao longe,
sobre as rochas por detrás
de um Templo Hindú,
o vento forte, embaraçaria seus longos
cabelos.
Seu coração estava opresso,
e as mãos, de longos dedos,
dedilhavam abandonadas
de sua imaginação,
as notas que poderiam lhe trazer
o ultimo conforto
do amante que a abandonara.
Clara,
dera de presente a única verdade
de seu Espirito: o Ego,
de seus traumas e desiluzões.
Mas, as notas tiradas do instrumento de cordas,
não ressoavam no esquife
onde jazia o Ego,
que a Vida Desoladora
não tivera a intenção de restituir
com a Verdade do Amor
fechada numa rosa amassada
e atirada
numa estrada poeirenta
e deserta.
clarisse

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Noção do Paraiso

Noção do Paraiso


Estamos encarnados, bloqueados em muitos setores Divinos.
Parcialmente, cegos, mente parcialmente bloqueada.
Não temos noção completa da posição que ocupamos no Universo.
Recebemos vislumbres da Ação Divina, e regressamos às sombras em que habitamos.
Imaginamos Anjos Poderesos, Arcanjos a Serviço da Divindade, e os Setores que são Acionados para todas as ajudas
da Humanidade.
Temos noção da Agressividade, do Perdão, do Amor, do Socorro, da Ajuda, da Maldade para com Humanos e Animais.
da Vaidade, da Sensualidade Exarcerbada, do Sacrificio Sem Medidas pela Obra de Deus...
Mas... da Origem, se é que existe , de onde pode partir tudo isto, de onde parte o controle para a Existencia, não temos noção... Controle da Existencia, é o Eterno.
Se todas essas "noções" podem estar num Ser Humano, e, o Ser Humano se modifica a medida que evolue, que progride, o Ser
Humano pode ir se dividindo em Deus, perdendo o Ego, que retorna à Origem Divina e Eterna, pois, se não existe mais Ego,
a Ação, é exclusivamente Divina, algo que não podemos imaginar, pois, a "noção de qualquer coisa", agora, é "responsabilidade" de Deus.
No entanto, a Felicidade é Enorme, pois não tem mais o que ser corrigido, e o Humano é o proprio Paraiso.
À Esse Paraiso se transformaram as bacterias, os vermes, os microbios, os peçonhentos, os ferozes, os agressivos, os sacrificados, os sofredores, os artistas, os cientistas...
E Aqueles que, por noção disso, sabem da Autoria Divina, e a usam, constantemente, mantendo-a em todas as Ações, já despertaram "um atmo" do Poder Divino em sua Noção de Vida.
Seus Atos têm como Fundo as notas das Harpas dos Anjos.
clarisse

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bagavad Gita - Capitulo IX

Bagavad Gita - Capitulo IX


15. Outros ainda, cumprindo o sacrificio da sabedoria, adoram-Me, o Que-Tudo-Enfeita, como Único, como isolado, ou em diferentes formas.
"Sacrificio da Sabedoria", é o "Meio", e como o Meio não tem principio nem fim, a conduta do humano é o equilibrio, como se caminhasse sobre uma corda esticada sem apoio dos extremos.
Além de não ter apoio dos extremos, o humano não pode medir
"o quanto ja conseguiu", porque o Mundo é Infinito e "ele" jamais conhecerá e identificará à Si próprio.
A Sabedoria é um Alimento Espiritual que satisfaz "o momento"
mas não dá noção de "quanto vai durar essa satisfação".
O humano não tem noção de Si próprio, mas, apesar da "ignorancia", o Elo Misterioso, que os Egipcios ataram ao Coração, quando "da Manutenção do Mundo", é o Impulso que mantém a Eternidade.
O único Cofre Seguro, é o Amor.
O Maior Misterio é o Amor.
"Um Novo Mandamento Vos Dou: Amai ao proximo como eu Vos Amei" (Jesus) - Jesus aponta ao humano a Meta que não pode ser descuidada no "Antes".
O "Antes" é o instante perene. A Humanidade é a Milicia que
deve vigiar sempre com um pé em posição "de Ação".
Nada pode escapar à Ação, que na Verdade é Amor - tudo o que for feito sem pensar no Amor, é lixo que não será recolhido nunca, porque nada é Sobra sem a principal Essencia da Criação, que é Amor.
clarisse

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Verdade Sobre o Amor Que Foi Perdido

A Verdade Sobre o Amor Que Foi Perdido


Eram pobres: ele e ela.
Tinham uma riqueza, a que davam todo valor: suas almas e seus corpos.
Na verdade, viviam um para o outro.
Eram belos: ela, morena, com seus longos cabelos negros, seus quadris redondos, seus seios duros e empinados.
Ele, seu longo e fino nariz grego, seus magnificos olhos negros,
cheios de luz, de suave doçura.
A paixão, o drama, fez com que se estraçalhassem.
A faca, fabricou a morte, o sangue, a Dívida Eterna.
Por que, a Divida Eterna?
Porque o Pensamento é a Eternidade sobre o Planeta Terra, e, é o pensamento que mantém a continuidade da Vida passada
desse casal cuja unica fortuna, era a terra, a terra escura da India do Sul.
O Sangue, o poderoso Sangue Humano, que deslizou sobre as
pedras, se misturou à poeira, foi espalhado pelo vento...
Veio a chuva que molhou as cinzas dos corpos mais tarde, arrastando-as para as rugas da pele que cobre o planeta.
E terra, cinza e sangue, criaram o Drama, o novo Drama.
E ela renasceu, não mais bonita, o corpo doente, uma perna mais
curta que a outra...
Teve amantes, amores que não lhe deixaram nenhum prazer...
Ele não voltou... os deuses o preferiram, e ela, a subjugada, a que foi morta, diante dele, no Espaço, belo, mantendo a antiga beleza, era a humilhada... a que teria de se erguer através da dor, da frustração, com uma unica missão:
- Preserva-lo! Com seu sofrimento, preserva-lo de toda dor que ficara dos desatinos dela, e mais: ama-lo! Continuar a ama-lo,
sem garantia de um dia ter novamente o amor dele!
Os deuses são mais cruéis que os demonios: apesar dos deuses terem sob seu jugo, os demonios, não se intimidam em darem aos humanos, a Luz, sob as artimanhas mais ocultas para a Verdade de Cada Um.
clarisse

sábado, 23 de janeiro de 2010

SETI I , O FARAÓ QUE FASCINAVA AS MULHERES

SETI I , O FARAÓ QUE FASCINAVA AS MULHERES


Clarisse de Oliveira

Eu tenho uma amiga que esteve em Ábidos.


Estar em Ábidos, qualquer turista pode ter

estado lá – mas – passar por uma fenda entre os

Blocos do desmoronado Templo à Osiris,

Encontrar um campo com um capim que ela

Jamais tenha visto, ouvir o vento agitar esse

Capim num som parecido com cabelos de

Metal farfalhados, e por esse som de harpa

Assombrada, entrar em transe, não – jamais

Ouvi falar sobre e tenho a certeza – não

Ouvirei jamais; porque, quem recuperou um

Templo antigo, quase pré-dinástico, ali

Erguendo o fabuloso Templo à Osiris, foi

O Faraó Seti I, paixão da reencarnação de

Minha amiga no Egito.

Hoje em dia, ela é uma pessoa triste para

Todas as coisas, porque ante tudo, ela

Encontra a "falha" irrecuperavel de um

Desentendimento que houve entre os dois –

Assim, o mundo – no que ela chama de vida –

É como o planeta fendido – morando ela numa

Parte e a outra ela vê inalcansavel, sugada pelo

Cosmos...

Uns anos após te-la conhecido, me deparo com

A história de uma mulher de mais de setenta

Anos, que, sustentada por um andador para

Pode caminhar, passou a dormir num dos Templos

Vazios do antigo Egito, por pura paixão pela

Memória de Seti I, ali morrendo – dias após sua

Última fotografia – à porta do Templo.

Em relação à esse fato, minha amiga apenas disse:

Há! Como a invejo...!
A múmia de Seti I, revela um rosto belíssimo de

Homem, de cerca de 40 anos.

E qual é a verdadeira face do Presente?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Amanhecia um Sol fraco

Amanhecia um Sol fraco
sobre a terra úmida
A grama cobria um chão escuro,
coberto de teias de aranha
como renda de uma fada elemental

Sobre o barranco em frente
aos casebres de adobe
ele surgiu,
tendo o Sol às suas costas,
que se elevava no céu

O Macho
com sua carne morena e rigida
exalando desde suas virilhas
o odor de suor
e água do poço
que trazia o perfume da terra.

A indiana cansada
das danças do Templo,
o contemplou como a um deus
que iria lhe dar
o poder do dia
no amor que enrolaria em si
a potencia do Mundo
para sempre

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PUNNA UPASACA

Buda, não acrescentou mais nada à humanidade, que faze-la acreditar em Si Mesma.No seu Imenso sacrificio, total entrega, o Buda reverteu-se em Si Próprio, no Horizonte do Universo,porque, se Existe o Exterior, este, o Exterior, é o mesmo que o Interior do Humano.A Equiparação dos Ilusorios Externos e Internos, é a Certeza da Unidade em Tudo.O Homem, o Ser, Uno com Ele e Uno com a Criação.A Auto-Entrega do Buda, é como se a Criação o Devorasse, e percebemos que nossa Carne é a Carne do Buda.Buda pouco se referiu ao Amor, mas se deu em Entrega de forma que, após Senti-l ´O, jamais poderemos nos Saciar d`Ele.O Buda é um corpo que habitamos, a única Segurança para nosso Esclarecimento Total, nossa Iluminação na Verdadeira Compreensão d`Ele.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Calmaria enganosa

Calmaria enganosa


As ondas estão baixas.
A aragem corre sob um céu nublado.
Ontem, quando procurei a Lua Cheia entre os galhos
do jequitibá, ela ja tinha ido embora.
No entanto, essa calmaria chega a parecer ameaçadora -
ha algo oculto como a Treva Envenenada
E minha Alma assombrada,
procura um escape na escuridão.

Os dias voltarão a surgir,
mas, me será permitido toca-los
como esferas iluminadas
ao comando da Deusa Aurora,
Deusa de tantas mitologias?

Guardarei dentro de mim
o combate entre as Trevas e a Luz
Não existe Vitoria na Alma do Universo
Mas o Sorriso do Espirito
permanece no Misterio do Desconhecido

domingo, 17 de janeiro de 2010

Hati e IB

Hati e IB - Coração no Antigo Egito IB, o Evolutivo, nos acompanha no "desenrolar" da Encarnação Humana na Terra. IB pode nos tornar poeta, pintor, escritor, paisagista...Hati, é cruel.Hati não perdoa: ele, Hati, deseja que nos desenvolvamos, até encontrarmos "a saida" da pressão que nossa fraqueza não nos ajuda na nossa Evolução.As vezes, IB, o Evolutivo, com Amor e Compaixão, nos conforta, quando Hati, na sua Severidade, mostra não nos dar chance...O Humano, só tem uma chance: se reconhecer em Deus; um Deus que o humano não é capaz de imaginar.Por dentro do Humano, está a Razão do Mundo.Foi pelo Coração, Hati e IB, que se fez o Mundo, segundo o Egito.Quando IB se silencia, Hati imortal, é a nova modalidade de Existencia do Ser; seja ele humano, animal.A Evolução é Penosa e Severa, principalmente porque é decretado que "nada" se perca "e tudo se transforme", tendo os hindús descoberto essa Eterna Transformação no deus Shiva, o Transformador (e não o "Destruidor" como muitos julgam...) - e a Divindade do Espirito Santo, o Zelador pela "Salvação" deTudo o Que É, porque Tudo é Deus.Hati, o Subconsciente, Deus Oculto, é o Espirito de IB, o Coração Evolutivo: o Amor, representado pelo Coração, é o Beijo de Deus. clarisse

sábado, 16 de janeiro de 2010

Boneca

Era como se uma imagem de boneca me acompanhasse.Quando existe uma imagem de Santo que acompanha várias gerações de familias, a imagem fica historica e está sempre num lugar escolhido "na nova familia" - e, termina por não se saber maissua origem...Eu vi a boneca na mão do caseiro, que, esvaziava a vitrine que, de "aglomerado" de madeira,se desmantelara toda...Logo me chamou a atenção o magnifico cabelo humano que cobria a cabeça da boneca.Era um cabelo castanho avermelhado, muito bilhante, jovem e forte.A boneca era de porcelana fina, a boca desenhada como uma jóia, dois pequenos dentes aparecendo entre os lábios, olhos redondos, azuis... o vestido de organdi branco, com apliques verdes de outra fazenda.Talvez um brinquedo antigo, de uma menina européia, ou um adorno de uma jovem mulher, para o seu quarto - fora-me dada pela minha amiga "Nuche" alemã, que se desfizera das antigas bonecas.Desde criança, nunca tive uma boneca bonita.Os melhores brinquedos, eram para o irmão do meio, o preferido da familia.A única boneca grande e bonita que tive, esse mesmo irmão, lhe afundou os olhos de vidro que se abriam e fechavam...Dai em diante, nunca tive uma boneca bonita...Mas, a lembrança de uma bela boneca me acompanhava, como companheira de meus periodos de Solidão, quase humana, solidária nos meus sofrimentos...Era como se, em algum cemiterio longincuo, na Europa, eu tivesse morrido e sido enterrada com a boneca preferida... meu corpo de criança, se deteriorou, mas a boneca continua louçã, linda e mara-vilhosa, me fazendo companhia até hoje. clarisse

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Como se compenetrar de que realmente estár ciente da "Ilusão"

Como se compenetrar de que realmente estár ciente da "Ilusão"



Se estamos no estado de "Ilusão em nós mesmos", como poderemos estar compenetrados da Ilusão na Matéria ?Desejamos que realmente tudo seja Ilusão, na esperança de que todo sofrimento, em humanos e animais, sejam ilusorios.Mas, como estabelecer nossa personalidade, no Estado Ilusorio?A Iluminação destrói a Ilusão?Não, porque a Iluminação, também é Ilusão.A Verdade, a Maat Egipcia, a compreensão de Deus, deve arrancar nossos olhos humanos, e transformar o "Ser", em todos os Sentidos - e que Sentidos?A Fé, aquilo que Jesus disse mudar a montanha de lugar, é o que pode ser "Real", pois muda a crosta terrestre e muda tudo o que o humano está acostumado.E será assim, nos outros planetas?E será assim nos outros estágios do Espirito?Existe um simbolo que é o Olho.O Olho que vê, que constata.Quando formos esse Olho, toda constatação será diferente......até a Constatação...E a "Diferença"? o "Diferente"?
clarisse

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Conforto da Alma‏

Conforto da Alma‏



Conforto da Alma Peguei uma India do Sul, com mais de 50g de calor; porém, não tão sufocante como o calor úmido do Brasil.Com a ajuda do caseiro, estou molhando os cachorros para poderem passar uma noite abafada, ao menos, confortavel...O meu quintal da frente, tem as árvores entrelaçadas com seus galhos, umas nas outras...Os jabutís, têm agora uma "piscininha" cavada na terra, a todo momento, cheia d`agua, para aliviar a quentura dos cascos.O conforto de minha Alma, acorrentada à Vida Material, é que existe uma faixa na Terra, que nos permite estar em contato com o que mais amamos: e a única coisa que uma Alma ama, é a Atmosfera Espiritualque é o Oxigenio que a Alma respira.O Oxigenio da Alma, traz em Si os lampejos de esclarecimento para o "porque" dos seus sofrimentos, e um muro em que a Alma coloca suas mãos para se, erguendo sobre o muro, ter uma Visão mais amplapara o Reconhecimento da Divindade... ...e o mais, a Alma se sente uma Fada de Luz num Afago de Amor Imensuravel, incapaz de medir o Maior e o Menor! clarisse

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

CONSIDERANDO

CONSIDERANDO

Eu estou na rede, na varanda de minha casa.
Ao alto, os urubús voam seu vôo macio sob as nuvens, passando pelos
intervalos de céu azul.
Ha duzentos anos atrás, uma moça pobre, olhava os abutres indianos
no mesmo vôo sobre o Sul da India.
Um sadhu itinerante, que passava por Madurai, vendo a contemplação
da moça no céu, disse-lhe:
- Você não pode reter a paz do vôo das aves; nem transferi-la para o seu
interior - nem manter essa paz numa constante em sua alma.
A vida é mutável.
Descobrir o ponto sereno na constante mutação, zelar pelo ponto
sereno, enriquece-lo com o sopro do Espirito, ampliar o ponto
sereno até faze-lo permanente em sua alma, iluminando as
sombras que sua mente ainda não pode caçar com a rede de sua
evolução, esse é o objetivo da Vida.

A Eternidade sorriu ante o conselho do sadhu para a jovem de baixa
casta.
E nada mudou, no modo como eu contemplava o vôo macio dos urubús
sob as nuvens.

domingo, 10 de janeiro de 2010

ALCEU


ALCEU


Na foto: Morte em Veneza.

Você ficou numa estrada vendo se adiantarem amores, confirmações de fidelidades perenes, e nessa estrada que corta quatro abismos, como um local esquecido do Bardo, o vento sopra levando essas vozes mentirosas enroladas pelos sopros de Monstros Irresponsáveis.

Os ventos eram tão fortes, que eu, por mais bem intencionada que fosse, não conseguia permanecer perto de você, para, gritando o mais possível, lhe dar
esperanças que os ventos enrolavam, enrolavam...


Os Monstros esqueceram da Vitória que conquistou ali, sozinho na Estrada e eu sendo arrastada pelos Ventos ainda não havia tido toda a visão da sua Grande Realidade Conquistada...


Clarisse

sábado, 9 de janeiro de 2010

Ma`at - A Consciencia Cósmica‏

Ma`at - A Consciencia Cósmica Ma`at é a consciencia cósmica, o objetivo último da criação e de todo ser, o fruto imortal de uma aquisição constante. Ma `at é o maior tesouro que o ser pode aspirar (Misterios Egipcios - Lucien Lamy)"O fruto imortal de uma aquisição constante"O mistério dos deuses e da criação, concebendo-se a "Criação" num Deus Único, é a nossa renovação na Divindade.Cada "renovação" é um Esclarecimento em Deus.Diziam os Egipcios, que a Criação foi inspirada no Coração - órgão que palpita constantemente e uma parada sua, significa a extinção da Vida humana na matéria.O palpitar, é o ritmo cadenciado, o latejar na matéria, ainda que dificil de constatar na madeira ou no metal, ou no mineral...mas ele está lá, na ferrugem, no mofo, no poderio do mineral, talvez imperceptivel para o humano, como a Ação Divina, só localizada por uma percepção em Ma`at eainda Indefinida para o humano.A Energia que comanda os Oceanos, os Vulcões, as Estações, a Massa de Água para os alagamentos da Terra Sêca, ansiosa pela umidade, para brotar, procrear nos seres minusculosque a habitam, essa Energia, os humanos a chamam por "Deuses".: é, tem sua razão...a Existencia repartida em Energias...Na Grande Catedral entre o Céu e a Terra, a Grande Catedral no Universo, mantendo seu ritmo Cósmico, o Órgão de Muitos Tubos, o Som Om, no latejar do Coração Cósmico, é o Eco de Todos Nós na Eternidade. clarisse

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ALIANÇAS ESQUECIDAS








ALIANÇAS ESQUECIDAS

As alianças que foram de meus avós maternos,
os fidalgos, ficaram comigo.
As alianças de meus pais devem ter ficado com
um dos meus irmãos.
A do meu avô chinês, não sei que fim levou...

Às vezes penso em pedir para cremarem meu
corpo, como ja está estipulado, com essas
alianças em meu poder - não queria deixar este
vestígio deles, no mundo.

Nossos passos são sobre a areia do Deserto;
- o Simum, os leva...

Quantas pegadas vi impressas em lava
Vulcanica! De quem teriam sido?
Assim foram identificados os primeiros humanos
do Planeta.

Nos templos do Oriente
e nos templos antigos, sempre descalços...
Há um sinal meu no Universo:
- minha respiração
O primeiro sinal de Vida: a respiração
O último sinal de Vida: a respiração
Nosso Ar está nas mãos de Deus!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Aquele que...‏

Aquele que era "uma fatia do
Universo", se retirou para uma introspecção de Quarenta
Dias, no Deserto.
Não propriamente, o "Dominio", sobre "Si", mas uma
"confrontação" com o territorio d`Ele mesmo, e
pressentiu:
- Tens fome? Você tem poder para transformar essas
pedras em pão.
E Ele respondeu:
- "Nem só de pão vive o homem".
E tornou a "confrontação":
- Vês, la embaixo a Cidade? Se quiseres, tens poder
para domina-la.
A "confrontação" é o Espelho de Si Mesmo.
A Divindade, não deixa de provar a Criação, nem um
minuto se quer... A carne é o maior Desafio, mas Aquele que
Ja É, tem "consciencia", uma outra espécie de
"consciencia" sobre a Verdade de Tudo.
O Antes e o Depois, dependem dos Olhos de quem vê.
Quem depende de Olhos para constatar, é servo do Senhor
Cerebro, e ainda não foi apresentado ao Espirito.
Aquele Que caminhava sobre as ondas do mar ao encontro do
barco onde estavam seus discipulos, a Densidade das águas,
não era Densidade, Ele ja a
possuia como Elemento pertencente ao Reino de que Era Sua
Cidadania.
"Na Casa de Meu Pai, existem muitas moradas" -
- Senhor, eu queria
apenas Te conhecer...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Japão - Kami, Deus‏

Há três categorias de “Kami” (Deus). Que é Deus? (A palavra “Kami” (Deus), em japonês) originou-se daabreviação da palavra “Kakurimi” (corpo oculto). Os japonesesdenominavam “Kami” a tudo aquilo que, sendo invisível, fazia obrasmisteriosas. Há três categorias de “Kami” (Deus): “Deus da primeiragrandeza” é o Espírito Absoluto do Universo; ”Deus da segundagrandeza” é a manifestação do espírito Absoluto do Universo, que emdeterminados momentos aparece assumindo certos aspectos como recursopara salvar os homens (é o caso de KANZEON BOSATSU, DEUS SUMIYOSHI,SHIOTSUCHI-NO-KAMI ou CRISTO INTERNO, que apareceu ao apostolo João,citado no apocalipse); e o “Deus da terceira grandeza” se refere aoshomens e aos espíritos, que são ramificações do Espírito Absoluto.Todos são “corpos ocultos” e possuem determinados poderes Livro: “Convite à Felicidade vol. 1” (Dr. Masaharu Taniguchi)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

De Ítaca, ao templo Hindu



De Ítaca, ao templo Hindu, trecho retirado da Odisséia, publicada por Paulo Coelho‏



"A Odisseia", escrita pot Homero,
narra a volta de Ulisses à ilha de Ítaca,
onde sua esposa Penelope, o espera ha anos.

"Quando você partir, em direção a Itaca,
que sua jornada seja longa
repleta de aventuras, plena de conhecimento.

Não tema Laestrigones e Cíclopes
nem o furioso Poseidon;
você não irá encontra-los durante o caminho, se
o pensamento estiver elevado, se a emoção
jamais abandonou seu corpo e seu espirito.
Laestringones e Cíclopes, e o furioso Poseidon
não estarão em seu caminho
se você não carrega-los em sua alma,
se sua alma não os colocar diante de seus passos.

Duzentos e alguns anos, me esperavam no Templo Hindu, ao
Sul da India.
Foi longa a Odisseia, do Brasil à India, onde apenas em
minha lembrança
transcedental estava misturado à Saudade, o templo em que
servi.
Ninguém acreditava que eu pudesse me lembrar de algo tão
distante, apesar
de que as "lembranças" das Vidas Passadas, não são
lembradas pelo cérebro,
mas sim, ficam no Espirito, filtradas pela Alma.
E nem todos têm consciencia do que realmente possa ser o
Espirito e a Alma
E no Barco da Alma, guiada pelo vento do Espirito, as
velas enfunadas na
caravela de carne que Deus me deu, estava eu nessa
jornada...
Não cheguei sozinha à India. A amiga e guia
turistica Leyli Ronca, me
tornou possivel esse cumprimento da minha encarnação.
Teria eu vindo para provar que a Reencarnação existe?
Se assim for, é colher e juntas as diversas Estradas que
percorremos no
Planeta Terra, para até, Principalmente, nos conhecermos
melhor à nós
mesmos.
clarisse

domingo, 3 de janeiro de 2010

DIA DE CHUVA EM CASA CHINESA

DIA DE CHUVA EM CASA CHINESA
A chuva fria de inverno
deslizava sobre os telhados
de ceramica verde

O chão quente de madeira
enviava mensagem de viver,
não se sabe porque
nem para onde

Jade Vermelho pegava um vaso
revestido de palha trançada
e o levava para a mesa
de laca preta

os potes de ceramica de
beber chá
ela os arrumava na bandeja
de porcelana e bronze

o mais, era ouvir a chuva cair
com seu barulho ininterrupto
de cascata aprisionada,
e um eco em vida aberta
nos jardins dos homens

sábado, 2 de janeiro de 2010

Semelhança‏

Na Grécia, diante das imagens dos
deuses nos Templos, o adorador não se curvava, não se
ajoelhava, não se estendia no chão:
- O adorador do
deus, ficava de pé diante da imagem
Porque, lhe era ensinado, que o homem fora criado à
Semelhança dos Deuses.
Toda sua vida, o adorador se esforçava para cada vez mais
se assemelhar aos deuses.
Assim, a Vida era uma escola de Adaptação à Divindade.
Primeiro, em tudo, a Divindade.
Os deuses eram muitos, cada um com um encargo e
caracteristica.
A afinidade com o deus, dependia do grau no momento na
Escala dos Aperfeiçoamentos entre a Alma Humana e a
Caacteristica Divina do deus.
Por exemplo: Artemis na Grecia e Diana em Roma, era uma
Estação de Confronto com o Reino da Morte.
Por incrivel que pareça, a deusa dos bosques e dos
animais, presidia o Submundo das Almas - por isso, Diana era
um simbolo da Lua, no seu misterio
de Luz através da Noite que cobria o Dia que nada
ocultava, para tudo que era uma interrogação no Reino da
Obscuridade.
Entre as Sombras, o homem se inqueria à Si Mesmo,
principalmente sobre Si
poprio - porque, as Sombras existiam pela visão curta não
desenvolvida pelo
Espirito.
A Luz que ia clareando o Recinto da Alma para se distinguir
a Espiritualidade, colocava o homem, numa posição mais
confortavel para si mesmo, em relação à convivencia com a
Divindade.
Interessante, é que mo homem, na ilusão do seu pequeno
tamanho, havia a mesma imensidão devassada por um
Esclarecimento conquistado - portanto, o Universo tanto
cabia na palma da mão de um deus como era imensuravel.