sábado, 21 de agosto de 2010

A Meditação da Mulher Só‏

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O Jardim úmido,
da chuva fina de ontem à noite
Meu pensamento,
molhado das lágrimas
da Felicidade que secou
como a flor de outono.
A caneta de cabo de bambú
ficou sobre a mesinha de charão,
deixada lá,
porque nada tenho para escrever.
Meu velho vestido de seda,
cobre meus joelhos do frio,
meus pés, em chinelos macios
estão sobre uma almofada
recheada de penas de pato.
Nem Sol,
nem Lua,
com sua alternação,
poderão ser uma melodia pequena,
na flauta de marfim.
Meu coração tem que
saber habitar o silencio,
porque aí,
talvez, somente aí,
a Paz do Céu,
tenha um lugar escolhido
para mim.
clarisse

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