sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DESTINO

Estamos nos aproximando do tragico dia 7 de outubro de 1919...
Nesse dia, a mãe adotiva e madrinha de minha mãe, Clarisse Lage
Indio do Brazil, morria numa Casa de Saude por ter sido alvejada
por um tiro dado por Mario Coelho, um viciado em cocaina.
Encontrei no final da carta enviada por Humberto de Campos, para
o viuvo Almirante e Senador Arthur Indio do Brazil,o seguinte:
- O calamo de sua vida, que se acaba de partir de maneira tão
brusca, tão dolorosa, tinha de correr , infalivelmente, até ali,
pelas linhas que lhe havia indicado, na sua inflexibilidade bar-
bara, o dedo invariavel do seu destino...
Humberto de Campos
- O segundo Destino, foi o meu.
Clarisse Lage, como eu, gostava muito de animais.
Chegou a criar um macaco de porte grande, que vinha cumprimentar
as visitas na Sala de Visitas.
Eu soube que o macaco morrera morto pelo cocheiro, pois o animal
implicara com o filho do cocheiro e o pai o matou para defender
o filho.
Me contaram também que as Araras acompanhavam Clarisse pelo corri-
mão da escada quando ela subia para o segundo andar da casa.
Na sua casa de Voluntarios da Patria, Clarisse criava vacas e bois,
para produção de leite para as crianças "Da Roda", aquelas que as
mães colocavam na "Roda" porque era-lhes dificil sustenta-las.
Eu guardei o nome de dois touros: Nero e Cigano.
Sim, formei meu Destino, juntando em volta de meus pés, a rede de
Vida que levou Clarisse, relatada por minha mãe Ruth...
clarisse

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