Alma Penada
Ela foi cultivada como recordação da mocidade.
De estatura pequena, cabelos fininhos, negros, boca bem desenhada, sobrancelhas arqueadas, pestanas longas, seios firmes.
À noite, nas insonias, "a cultivada" tinha um apaixonado louro, interessado em ciencias ocultas e arqueologia historica.
"Alma Penada", nas noites maravilhosas com seu amante delicado, sensualmente ativo,
tinha toda a liberdade de satisfazer sua ânsia de sexo como bem desejasse.
Alma Penada, era incansavel: estava em muitos lugares ao mesmo tempo, e pesquisadora de historias antigas, sempre ia a um suposto rochedo numa ilha grega, onde numa gruta, fora descoberto certo túmulo de guerreiro, corpo perfeitamente conservado apesar da emanação maritima, e em que ela tinha acesso a contemplar o cadaver vestido com uma armadura de guarreiro templário, com sua espada sobre o corpo, sustentada entre as mãos com luvas de malha de metal.
E Alma Penada era livre, satisfeita consigo mesma, amante romantica, que sempre retinha nos lábios um beijo incessante.
Alma Penada não sofria por ver o corpo a que estava ligada, ir envelhecendo, a caminho da morte, pois ela, Alma Penada ja tinha a conquista de todos os obstáculos que pudessem ter turvado uma vida, que, ao invés da liberdade dela, penava sobre a Terra.
clarisse
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