domingo, 21 de novembro de 2010

DOIS TEXTOS

O Templo Interno



Se somos parte de Deus, bastaria
recolhermo-nos ao nosso Templo Interno,
para sentirmos o que desafina com a Harmonia Divina.
O que desafina com a Harmonia Divina, desafina também
conosco.
Tentando adaptarmos à Divindade, lutamos nesse Mar
Interno, em que tudo conspira contra podermos boiar sobre as
águas que nos sufocam, podendo nos afogar; tentamos
nadar... as vezes, conseguimos descansar um pouco...
tentamos boiar, e as águas passam sobre nosso rosto,
entupindo nosso nariz, fazendo-nos sacudir a cabeça para
expelir a água que nos sufoca...
O nosso objetivo, é chegarmos à um porto ou rochedo, onde
possamos subir, para descansarmos um pouco e recobrarmos
forças; mas, percebemos que não nadamos ou boiamos como
deviamos... por que?
É como um pesadelo... desconhecemos o Oceano onde
lutávamos desesperadamente...
Como nos harmonizarmos com esse Oceano, sendo
humanos? E mesmo sendo peixes, ou algo mais afim com
as águas, sobreviveríamos?
Penso que, harmonizarmos com o Oceano é uma coisa, e
harmonizarmos com Deus, é outra coisa...
A figura mitologica da sereia grega, às vezes, mulher
humana da cintura para cima, e da cintura para baixo, um
rabo de peixe, poderia nos fazer imaginar, nós, com Algo de
Deus, e humano, ao mesmo tempo...
E como desfazer essa Humanidade, para na fusão com Deus
Criador, termos
um pouco d`Ele, um "pouquinho" que poderia ser já um
Ambiente Divino?
Se nenhum lugar da Terra pode nos ajudar, apesar de que,
sendo tudo "Deus", como encontrarmos o Ponto Mágico que
pode nos conceder a
"compreensão" da Essencia Divina?
Revertendo-nos para dentro
de nós mesmos?
Resposta da amiga Lourdes:
- Sem Vaidade
- Na Simplicidade
- No Silencio
Clarisse



Uma Sombra em minha Alma




Quando eu era criança, fui um dia ao
Cemiterio com minha mãe visitar um túmulo "lá em cima",
longe do mausoleu da familia, que fica próximo à
secretaria do Cemiterio, logo na entrada.
Perguntei à minha mãe, quem estava naquele túmulo, e ela
respondeu que era uma amiga do padrinho e pai adotivo
dela..
Minha mãe morreu e meu pai quis ser enterrado nesse
Cemitério, por ser num
Bairro próximo às residencias da familia.
Mas... quando meu pai foi verificar os papéis do túmulo,
teve uma surpresa: A Santa Casa tinha ordem de Proibir Abrir
o Túmulo, até para olhar... isto é, nenhum membro mais da
familia, poderia alí ser sepultado.
Como adoro a Arqueologia e "fuçar" coisas do passado e
possiveis Misterios,
comecei pela lápide que tem esculpidas num livro aberto,
de mármore branco,
duas datas, com um intervalo de vinte anos entre as
duas...
As datas não conferem com a mulher sepultada ali, como
conferi na Santa Casa, portanto, "já que é proibido abrir
até para olhar", ser possivel que exista um outro corpo que
foi ali enterrado, com vinte anos.

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Mais tarde, tendo conhecimento da data de minha
encarnação passada na India, e o inmtervalo entre essa
data e a data com que reencarnei no Brasil, uma conhecida
espiritualista, me disse que eu tivera uma encarnação
"aqui" antes da agora em que estou.
Portanto, ha "um homem" que ocultou meu corpo e zela por
esse Segredo.
Teria sido meu pai, ocultando uma ligação que tenha
gerado uma filha (no
sentido de que fosse mulher, como não sei porque, sempre
intuí, que fosse
assim,) ou uma paixão com pouco tempo de namoro, que me
fez uma nascitura
já saudosa de algo do passado desta cidade onde resido.
Uma certa nostalgia, me traz grande tristeza, quando
contemplo as montanhas
da Baia de Guanabara, as florestas do Bairro de Santa
Tereza...
Eu estava morta, e "eles" estavam vivos, agora, estou viva
e "eles" estão
mortos... ou "Ele" está morto, aflito pelas minhas
lágrimas de Solidão.

clarisse

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