segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Solidão da mulher Só

A Solidão da mulher Só

Os Espiritos Incorporados, nos
Centros Espiritas, me perguntavam quando me aproximava dos
seus médiuns interpretes:
- Noutra Encarnação você foi ptonisa, sabe sua missão
de agora?
Eu dizia que "sim", mas o que ia poder fazer com a
experiencia de uma ptonisa, que não existe mais?
A minha penultima Vida na Terra, foi no Sul da India.
Lá, não existem ptonisas, mas a liberdade de Amar, o Amor
Terrestres Sensual, estava liberado para mim, que era pobre,
mas queria amar... e o amor que cultivei e escolhi, me levou
à morte `"num acesso de ciumes" - com esse ato de
violencia, ficamos, eu e "ele" separados e aí começou a
Solidão.
As ptonisas só viam a gélida Vida em sua volta, o frio
dos mármores dos
templos, os seus pés descalços sobre o frio das pedras
dos chãos.
Em Pompéia, os templos perderam seus tetos pelo acúmulo
das cinzas do Vulcão Vesúvio, e me lembro que no pátio
aberto do templo ao deus Apolo,
colhí uma papoula do canteiro paralelo ao muro, e enterrei
a flor em meus cabelos, como homenagem aos deuses sem a
côrte dos adoradores humanos - olhei em volta... o grande
templo deserto e a Solidão que cobre com um veu de
Silencio, a cidade sem túmulos para os que ali
viveram...
Por enquanto, não tenho túmulo, nem Vida em volta... a
não ser os cachorros que me fazem companhia.
Não tenho Templo para a "Minha Religião", a não ser o
Jardim iluminado pelo clarão da Lua, a deusa Diana; do
Egito, é o templo "Saudade" e da
India, as recordações vivas e constantes, que o Decreto
da Existencia,
"pela proximidade" da encarnação, enfeita minha Vida com
uma Ilusão Colorida e Festiva.
Até eu compreender que a Solidão é Uma Iniciação
Secreta da Compreensão
da Razão de Existir.


clarisse

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